sábado, 11 de setembro de 2010

O engano

Ilustração: Re Maniassi
Eu detesto mentir e minto muito mal, por sinal. Porém, até aceito se preciso for. Eu faço esse sacrifício. Eu minto pra você, minto pra eles, minto pra quem, realmente, for necessário! A única pessoa pra quem eu me nego, em absoluto, a mentir ou manter no engano sou eu mesma. Comigo tenho firmado esse compromisso, que é definitivo para essa vida inteira. Não farei maquiagens diante do meu próprio espelho, não segurarei a lágrima do meu choro nem o riso da minha alegria. Só de reconhecer minhas fraquezas, além das virtudes, já me torno mais forte. Por isso serei sempre fiel a mim. E se, em algum momento, pairar a dúvida eu vou refletir até encontrar a minha resposta, pois nunca gostei das dúvidas. Pra mim elas representam um desafio que não me deixa descansar antes de superar. Não suporto ver nada, seja gente ou seja assunto, em possível indefinição ou ou ambiguidade. Gosto e preciso das coisas claras, translúcidas. Meu único prazer com relação à dúvida é torná-la certeza, seja qual for a verdade. Aposto todas as fichas, dou todos os meus bois pra sanar/sarar a tal. Em troca, um alívio incomparável e sem preço.

2 comentários:

A.S. disse...

Camila...

Gostei muito do que li. Excelentes as tuas reflexões sobre o os acidentados dias de uma vida que vive cada vez mais apressadamente...


BjO´ss
AL

Camila Pacheco disse...

Adorei, parabéns!

"O ato de MENTIR é sempre acompanhado da DÚVIDA."

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