segunda-feira, 17 de maio de 2010

A Minha Janela Preferida


Da minha janela preferida só se via o que era sereno, o que trazia paz e conforto. A vidraça translúcida e reluzente fazia questão de mostrar de um novo ângulo tudo o que se passava. De início, receio. Depois, confiança, respeito e até crença. Ensinava a virtude da calma, às vezes em silêncio absoluto, no qual se podia tudo. O tempo não era mais inimigo, era aliado, pois parava a cada reflexão, mesmo que inconclusiva. Tudo era motivo: sol, sorriso, chuva, estranhas dimensões... Dizia do jeito dela: "O chão está sujo, mas é simplesmente superfície e a roupa que se lave depois. Senta aqui sem pressa e vamos pensar na vida, conversar sem rumo, sem compromisso com o pertinente". Mostrava um  ponto de vista estranho a mim até aquele momento, inovava e, aos poucos, me encantava. Não é que esquecesse o meu pensar, mas mesclava ao dela e assim me fazia sentir mais rica. Quanto mais olhava através daquela janela mais ela me absorvia e eu, a ela.

2 comentários:

Leo disse...

Olá! Camila, bom, tem pouco tempo que nos conhecemos no mundo dos blogues, mas já gosto muito daqui, eu te indiquei um selo lá no meu blogue, só qero deixar claro que não precisa traze-lo e nem fazer nada, às vezes você não gosta ou não combina com o blog, mas fica o carinho.

Um Beijo!

Lua Durand disse...

Que quadro bonito.
E junto com as palavras, ficou uma beleza ímpar!

=)

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